Tirania na Casa Amarela

“Não há direito de resistência á minha tirania, não há pacto social, não há direitos fundamentais. Há apenas submissão ao gládio temporal, entendido como severo instrumento de punição.”

No confronto entre o poder e o Funcionário, aparece o funcionário como delinquente que merece ser punido, não é o indivíduo que carece de ser respeitado e protegido.
Este carácter autoritário repressivo deixa traços na Casa Amarela.

O pensamento político do nosso Lutero, caracteriza-se por:
- Assegurar a ditadura pessoal sobre os seus súbditos;
- Concentrar o poder nas mãos dos parasitas;
- Reforçar o poder tirano a caminho da humilhação.

O tirano não está sujeito a condições postas pelo Povo de Matosinhos. Todo o poder pertence a ele e não pode ser partilhado com mais ninguém, mesmo os seus subservientes.
É o governo local recto, de vários prepotentes e do que lhes é comum, com o poder soberano.
Distingue-se os Funcionários honestos e trabalhadores, do bando de usurpadores e piratas do poder.

Assim o elemento fundamental da Casa Amarela não é o Funcionário, mas sim os Amigos e o seu agregado de piranhas.
Será através dos reprimidos que virá no futuro a unidade e coesão da Autarquia, para assim prestar o verdadeiro serviço público que Matosinhos carece.

Este poder está em fragmentação típica do feudalismo:
- O Poder tem de ser recto;
- O Poder só se pode ocupar do que é de interesse público;
- O Poder está limitado pelas leis humanas comuns a todos;
- O Poder está limitado pelas leis da nação;
- O Poder deve aceitar o pluralismo natural da sociedade.